Nesta quarta, 12, em sessão ordinária foi feita arguição pública, sabatina e posterior aprovação de Olímpio Pereira Marinho Filho, conhecido por todos como Gury, que se apresentou como escolha do executivo para ocupar o cargo de novo presidente da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI).
Olímpio fez uma introdução, onde informou estar honrado e pronto para dar sua contribuição cultural ao município. Falou da riqueza e diversidade artísticas de Imperatriz e que mesmo com a dificuldade da pandemia irá saber pensar, fazer e escutar.
Sgt. Adelino, questionou como a FCI irá fazer para ajudar os profissionais de eventos e artistas. Gury disse que existem pessoas desse meio que estão passando grandes dificuldades, artistas e músicos que já completam 150 dias sem poder trabalhar e irá buscar ajuda no Governo Federal para auxilia-los.
Adhemar Jr. comentou que a cultura poderá se reinventar e que esta é uma grande oportunidade de contribuir com os artistas locais no final do ano e que ele como grande produtor saberá se sobressair.
Bebé Taxista falou do desprestígio da FCI nessa gestão, pois desde Chiquinho França, passando por Buzuca e o delegado José Ribeiro, ele acredita que nesta pasta não seguram presidentes, por estes não comungarem com as ideias do prefeito. Agora colocam um entendedor do seguimento nos últimos meses da gestão e perguntou se Gury irá comandar ou apenas seguir as decisões do executivo.
Ele respondeu que a cultura tem muito disso em que um conhecedor não consegue comandar simplesmente porque não entende de gestão. Falou que irá zelar por seu nome e que está indo para lá trabalhar e fazer mudanças na medida do possível.
Ditola afirmou que a cidade ganha com Gury na FCI pois é grande conhecedor de produção e é perfeccionista. Pediu que o novo presidente trate os artistas locais como os nacionais, cumprindo com as obrigações e pagando em dia. “Mesmo sem poderem acontecer shows, podem ser feitas apresentações online, lives que podem ser remuneradas pela prefeitura. Os músicos, artistas e quem trabalha na parte técnica estão passando necessidade”.
Fátima Avelino, Fábio Hernandez e Chiquim da Diferro parabenizaram a escolha do nome e desejaram boa sorte. Hernandez só recomendou que ele como ordenador de despesas, responda ofícios e atenda os parlamentares, pois esse problema existe e está acontecendo em várias secretarias. “Cultura é cinema, é teatro e outras manifestações. Não só shows, carnaval, aniversário e festa junina”.
Carlos Hermes informou que o fundo municipal de cultura não funciona e pediu que o novo presidente verifique se o repasse está sendo feito, pois a conferência municipal de cultura não está acontecendo e isso precisa chegar aos bairros e a quem realmente faz cultura na cidade.
Gury comunicou que não teve acesso a nenhuma informação interna, mas que pretende nesses 05 meses mostrar serviço, buscar inovar e ajudar os artistas com apoio inclusive dos vereadores que serão muito bem recebidos na Fundação.
“Farei o que sei fazer, mas estou aqui para aprender. Não sou de falar, mas de fazer, e buscarei deixar marcada minha passagem pela cultura municipal. Quero trabalhar com responsabilidade e estou passando pela sabatina justamente para poder assumir essa função. Venho da iniciativa privada e do show business, isso trato com muito cuidado. Estou indo para o serviço público, mas o tratamento será o mesmo, com transparência e responsabilidade.
O presidente José Carlos encerrou dizendo que faltam apenas 140 dias para o fim da atual gestão municipal, que conhece Gury e sabe de sua competência, mas acha que o prefeito não o deixará fazer nada. “O ideal seria o sr. não aceitar. Nada será feito pela cultura, pois tem donos de palcos, bandas, músicos e prestadores de serviço que estão sem receber desde o carnaval. Quem não recebe pelo seu trabalho, adoece. Se vossa senhoria conseguir com que ele pague quem faz arte, música e cultura, já será uma grande vitória. Considere-se o novo presidente da FCI”, disse.
Nenhum vereador se opôs ao nome de Olímpio Gury, que segue agora para tomar posse. Shows e apresentações públicas estão proibidos, mas as parlamentares deixaram claro que projetos culturais e artísticos que vierem a contribuir com a cidade, a câmara estará ao seu lado.
Sidney Rodrigues – ASSIMP
Foto – Fábio Barbosa