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Mãe de Isabella Nardoni é a 2ª vereadora mais bem votada de SP em 2024 e promete trabalhar por crianças vítimas de violência

Mãe de Isabella Nardoni é a 2ª vereadora mais bem votada de SP em 2024 e promete trabalhar por crianças vítimas de violência

Redação
Por: Redação
08/10/2024 às 17h46

Com 97,88% das urnas apuradas, Ana Carolina Oliveira já tinha conseguido 127.046 votos na capital paulista, segundo superada apenas pelo direitista Lucas Pavanato (PL), com 158 mil votos.

Ana Carolina Oliveira mostra os porta-retratos com fotos de Isabella — Foto: Sérgio Fernandes/G1

A bancária Ana Carolina Oliveira (Podemos), mãe da menina Isabella Nardoni, foi a segunda vereadora mais bem votada da cidade de São Paulo neste domingo (6) (veja lista completa aqui).

Com 97,88% das urnas apuradas, Ana Carolina já tinha conseguido 127.046 votos na capital paulista, sendo superada apenas pelo direitista Lucas Pavanato (PL), com 158 mil votos.

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Em vídeo postado nas redes sociais, ela comemorou a eleição: “Eu não sei nem expressar minha alegria de chegar até aqui hoje. Sou muito, muito grata de verdade a cada um que fez parte disso, que esteve ao meu lado e que confiou em mim para representar tantas pessoas. Vou continuar lutando por todos que precisam de voz!”, afirmou.

Ana Carolina foi eleita justamente com a bandeira de luta contra crianças vítimas de violência. Em vários vídeos publicados nas redes sociais dela, a bancária destacou a vontade de trabalhar na Câmara pelas crianças que sofrem qualquer tipo de violência.

“Vamos lutar contra a violência infantil! É insustentável permitirmos que isso continue acontecendo. Por todas as vítimas que sofrem em silêncio, estou aqui para dar voz e lutar por vocês”, escreveu a mãe da menina Isabella Nardoni.

O crime contra Isabella Nardoni aconteceu em 2008, quando a menina foi esganada e jogada do apartamento onde o pai – Alexandra Nardoni – morava com a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá. Ela

Ana se casou com o administrador Vinícius Francomano, com o qual teve Miguel — Foto: Sérgio Fernandes/G1

Depois do crime, ela casou-se com o administrador Vinicius Francomano, e teve o menino Miguel, seu segundo filho.

”O único sentimento que existe é a saudade. A gente aprende a lidar com a dor.’

A menina Isabella morreu na noite de 29 de março de 2008. Tinha cinco anos de idade. O pai e a madrasta foram presos acusados de jogar a menina pela janela do apartamento do prédio onde moravam na Zona Norte de São Paulo.

Ana Carolina se casou e teve um filho, Miguel, atualmente com 1 ano e 9 meses — Foto: Sérgio Fernandes/G1

O que faz com que um crime ocorrido há dez anos ainda desperte o interesse público? “Eu acho que foi a maneira cruel como tudo aconteceu”, responde Ana Carolina sobre o assassinato da filha.

‘É uma realidade da minha vida que eu vou carregar e meu filho entrou para fazer parte dessa história.’

Segundo a polícia, Isabella caiu do sexto andar do apartamento onde morava o casal Nardoni, no Edifício London.

O consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni (centro) deixa o 9º Distrito Policial de São Paulo, na zona norte da capital paulista. Alexandre é pai da menina Isabella, de 5 anos, que morreu ao cair do sexto andar do prédio onde moram. Foto de 03/04/2008 — Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo

Para a investigação, porém, não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. Ela apontou Alexandre Nardoni, ex-marido de Oliveira, e Anna Carolina Jatobá, a atual mulher dele, como os assassinos. De acordo com o Ministério Público (MP), eles agrediram Isabella, e achando que ela estivesse morta, decidiram se livrar da criança, cortando a tela de proteção da janela e a lançando de lá.

‘A pessoa que deveria defender não o fez’, diz mãe de Isabella Nardoni dez anos sobre pai da filha

Isabella ainda respirava quando foi socorrida no solo, mas não resistiu e morreu.

casal sempre negou a acusação, mas foi condenado na Justiça pelo crime em 2010. Alexandre recebeu pena de 30 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em Tremembé, interior do estado. Jatobá, 26 anos e 8 meses, mas recentemente deixou o presídio para a saída temporária de Páscoa. A defesa do casal pediu ao Supremo Tribunal Federal a redução da pena.

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