Agência Assembleia
O tema do programa ‘Saúde e Bem-Estar’ desta quarta-feira (8), da Rádio Assembleia (96,9 FM)), foi Etapas da Terapia Comportamental. A apresentadora Lêda Lima conversou sobre o assunto com a psicóloga e terapeuta analítico-comportamental Lara Sabbag.
Inicialmente, Lara Sabbag ressaltou a carga de preconceitos que ainda existe em relação à terapia comportamental.
“Ainda existe muito preconceito em relação à terapia comportamental. Se a pessoa não tiver disposta a mudar, fica muito difícil conseguir evoluir. Tem que ter disposição para se engajar no processo de mudança. É importante pensar nesse processo de mudança desde os primeiros passos. O terapeuta não faz nada sozinho”, afirmou.
Ansiedade
Lara Sabbag disse que, hoje, temos visto cada vez mais crianças e adolescentes engajando em depressão e que isso não era tão comum tempos atrás.
“Transtornos sérios de ansiedade têm se tornado comum nas escolas. Por isso, é muito importante a figura do psicólogo escolar e a figura dos professores, auxiliando nessa detecção, já que os profissionais da educação convivem com essas pessoas por muito tempo. A psicologia pode dar uma contribuição para a superação desses transtornos”, salientou.
Etapas
A psicóloga esclareceu as etapas da terapia comportamental e, especificamente, o que é o comportamento.
“Na psicologia, a abordagem analítico comportamental foca no comportamento, ou seja, nas ações. O comportamento nunca acontece sozinho. Sempre envolve o ambiente, o comportamento e as consequências. É preciso entender os padrões comportamentais. É isso o que foca a terapia comportamental”, disse Lara Sabbag.
Lara Sabbag falou sobre as etapas que envolvem a terapia comportamental e a importância de cada uma delas.
“A primeira etapa é a avaliação, a segunda a análise e a terceira, a intervenção. Cada etapa deve ser cumprida rigorosamente. A avaliação é o ponto de partida do processo. Já a análise é a compreensão da trajetória comportamental. A intervenção é a última etapa e a que leva a pessoa a mudar suas atitudes, a partir da compreensão dos padrões comportamentais adequados”, enfatizou.
Ativação comportamental
Por fim, a psicóloga deus dicas de como tornar a vida melhor com a adoção de reforçadores positivos na ação comportamental.
“Às vezes, as pessoas não se dão conta de que quase tudo que fazem é para evitar uma punição, ou seja, não fazem nada porque se sente bem, mas para sempre evitar uma consequência negativa. Quando, ao contrário, agem por consequências positivas, ou seja, fazem porque gostam e se sentem bem, se sente feliz e tem uma menor probabilidade de desenvolver depressão. Essa estratégia tem eficácia comprovada tanto quanto o remédio antidepressivo. Faça sua rotina para a semana inteira que você vai se sentir melhor”, concluiu.