A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), realizou, nesta sexta-feira (11), a Oficina Técnica da Expansão da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e Plataformas SUS Digital no Maranhão. O evento foi sediado no auditório do Centro Universitário Dom Bosco (UNDB), em São Luís, e proporcionou espaço de qualificação para gestores e profissionais de saúde e Tecnologia da Informação (TI) dos 217 municípios maranhenses.
"Assim como nós precisamos revisar o nosso modelo de fazer Saúde, também precisamos abraçar novas possibilidades, a exemplo da Saúde Digital. A tecnologia existe e nós enquanto profissionais e gestores da saúde precisamos trazê-la e usá-la a nosso favor a fim garantir aquilo que é um direito, ou seja, o acesso aos serviços de saúde", disse a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos.
A oficina foi uma prévia do processo de federalização da RNDS, que acontece em junho deste ano no estado. Assim que consolidada a estratégia no estado, o Maranhão ocupará a lista dos oito estados que já passaram pelo processo de federalização da sua base de dados, a saber: Piauí, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins.
Durante toda a manhã, os participantes puderam ter acesso às estratégias que o Ministério da Saúde vem elaborando para a unificação e cruzamento da base de dados de forma a auxiliar os municípios na coleta, inserção de informações que facilitarão a transparência e resolutividade do SUS nos territórios.
Segundo o assessor técnico coordenador adjunto da Coordenação Geral de Inovação e Informática em Saúde do MS, Joselio Queiroz, o objetivo é mudar o paradigma do digital em apoio à Saúde. "Estamos aqui para fazer uma oficina com foco no diálogo no sentido de como essa tecnologia e essa inovação poderá apoiar no provimento tanto da continuidade do cuidado dos cidadãos do território, quanto na tomada de decisão assertiva no âmbito da Saúde".
O profissional de TI que compõe a equipe do Núcleo de Telessaúde (NTS) da UFMA, Jorge Cavalcante, disse que já atua no ramo de desenvolvimento de sistemas há seis anos, porém há seis meses começou a atuar no âmbito da Saúde. "As primeiras dificuldades em si foram de terminologia e de legislação, mas agora eu estou adquirindo conhecimento. Com essa oficina a gente vai conseguir já ter um norte no nosso desenvolvimento e um outro ganho que tem na nossa equipe em específico do NTS", afirmou.
Além de ser um preparativo para o processo de federalização dos bancos de informações do SUS no estado, a oficina também serviu como espaço de discussão sobre os sistemas ministeriais, estaduais e municipais, os bancos de dados ou "Big Data" e também como está sendo feita a unificação e centralização das informações que auxiliarão profissionais e gestores públicos na tomada de decisões visando uma Saúde com mais qualidade.
Representando o Conselho Municipal de Secretários de Saúde do Maranhão (COSEMS/MA), o secretário de Saúde do Município de Zé Doca, Emanuel Paulino Sousa Morais, afirmou que a instrumentalização dos municípios é necessária. "Estamos na busca por tirar os municípios da situação de dependência dos meios analógicos. O COSEMS entende que o rompimento com esse modelo que não é o atual de assistência, ele passa pela Saúde Digital, por isso estamos sensibilizando as gestões para esse novo momento da Saúde em nosso país".
Também participaram da oficina a superintendente de Saúde Digital da SES, Mayra Nina; o assessor especial da SES e coordenador do Planejamento Regional Integrado (PRI) para o Maranhão, Allan Patrício; e o médico e doutor em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB), que atualmente é professor adjunto da UFMA e coordenador do Núcleo de Telessaúde da instituição, no âmbito do Projeto Telessaúde Brasil Redes, Humberto Serra.